Decreto instituído em 23 de março permite funcionamento de serviço considerados essenciais. Medida visa combater avanço do novo coronavírus. Cidade tem 88 casos confirmados.
A Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) decidiu na sexta-feira, dia 3, prorrogar até dia 22 de abril o decreto de calamidade pública que restringe o funcionamento dos estabelecimentos comerciais na cidade para garantir o isolamento social. A decisão ocorreu em uma reunião da administração municipal com autoridades da saúde do município.
A situação de calamidade pública foi decretada em 23 de março como medida para tentar conter o avanço do novo coronavírus e definiu restrições ao funcionamento de estabelecimentos. A previsão inicial para o fim dessas restrições no comércio era 7 de abril.
O texto inicial já suspendia, até 26 de abril, o atendimento presencial para atividades de natureza não essencial da Administração pública direta e indireta, o que fechou parques públicos e o Bosque Zoológico.
Segundo o prefeito Duarte Nogueira (PSDB), foi unânime a posição das autoridades em saúde sobre a necessidade de manter a restrição no comércio. Ele argumenta também que experiências opostas deram errado e geraram aumento de casos.
"Primeiro foi o aconselhamento unânime dos técnicos que estão sob coordenação do secretário de Saúde sobre a necessidade de manter o regime de quarentena, distanciamento social para os próximos dias tendo em vista que as experiências internacionais que levaram ao relaxamento foram muito desastrosas e o aumento de contaminados e de mortes subiu de maneira trágica".
Nogueira explicou que, após o dia 22 de abril, será avaliada a situação da epidemia na cidade. Ele disse também que a medida visa preservar vidas para depois analisar a questão econômica.
"Prorroga do dia 7 de abril até dia 22 inclusive, para depois a partir do dia 23 a gente decidir qual vai ser o comportamento da curva da epidemia e as consequências dos aspectos do nosso sistema assistencial de saúde, as nossas estruturas de maior alta complexidade, se elas vão estar demandando pacientes ou não para nesse momento preservar vidas humanas e depois a gente corre a questão da economia", afirmou.
Páscoa - As lojas que vendem chocolate ou ovos de Páscoa estão autorizadas a funcionar desde que cumpram as medidas previstas no decreto de calamidade pública, dentre elas a de não permitir consumo dentro do comércio.
"Mesmo aqueles que funcionem nas ruas, no comércio em geral, ou dentro de galerias de uso múltiplos, nenhum deles está impedido de vender o chocolate, vender o ovo de Páscoa neste período. Então as medidas estão mantidas todas elas iguaizinhas até este instante", disse Nogueira. (G1)