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Ministério da Saúde divulga boletim sobre as condições pós-Covid no Brasil

   A mais recente edição do Boletim Epidemiológico, elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, traz dados referentes às circunstâncias da pós-Covid-19 no Brasil. Também chamada de “Covid longa”, a condição se caracteriza pelos efeitos a longo prazo da infecção por coronavírus – seja em pacientes sintomáticos ou não.
Segundo a pasta, a pós-Covid-19 segue padrões heterogêneos e sintomas diversos, além disso, não há um exame específico para identificá-la. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 10% e 20% dos pacientes acometidos podem desenvolver quadros de pós-Covid.
No Brasil, a estimativa é de que até o primeiro semestre de 2023 aproximadamente 55 milhões de pessoas tenham sido infectadas pela Covid-19 pelo menos uma vez. Deste total, 13,8 milhões (25,1%) seguiram apresentando sintomas após 30 dias do início da doença ou desenvolveram alguma manifestação nova após o período.

Perfil - Dos pacientes que apresentaram condições pós-Covid-19, 62,2% deles eram do sexo feminino, 23% estavam na faixa etária dos 40 e 49 anos e 48,9% se autodeclaravam como brancos.
A maior proporção de casos foi observada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, ao passo que, em termos de prevalência, houve maior impacto na população de Goiás, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Tocantis – neste cenário, os estados do Nordeste foram os que tiveram as menores estimativas.
Dentre os sintomas mais registrados destacam-se cansaço, dor no corpo, mialgia nas articulações, além de problemas de memória e de atenção. Casos de dor de cabeça, insônia e depressão, queda de cabelo, perda ou alteração no olfato e paladar, alterações cardíacas, tosse, dificuldade para respirar e febre também foram observados.

Atendimentos - No decorrer dos anos de 2021 a 2024, o sexo feminino foi o que apresentou o maior número de atendimentos médicos por quadros de pós-Covid, totalizando 119.454 (66,1%). Para o sexo masculino, o total foi de 61.127 (33,9%).
A faixa etária dos 50 e 59 anos registrou 32.715 dos atendimentos prestados, acompanhada por pacientes de 40 a 49 anos, totalizando 31.716 (17,6%).
Neste cenário, o Sudeste vem sendo a região com a maior concentração de atendimentos, acumulando 83.241 deles. Em seguida, está o Nordeste, com 42.274, e o Sul, registrando 24.019.
Em relação às unidades federativas, as que apontam o maior número de atendimentos para casos de pós-Covid-19 se dividem entre São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná.

Óbitos - Entre 2020 e 2024, houve a notificação de 4.981 óbitos ocasionados por condições de pós-Covid – a maior parte deles em 2021. Assim como no restante da análise, o sexo feminino foi o mais afetado, com 2.814 óbitos (56,5%) e a faixa etária com o maior registro de mortes foi a dos 80 anos.
O Ministério da Saúde reforça que medidas protetivas, como higienização das mãos, utilização de máscaras e, principalmente, a vacinação, são fundamentais para se prevenir da doença. (FONTE: APM) 

 

Boletim Epidemiológico - ACESSE NO LINK ABAIXO:

https://www.gov.br/saude-recebe-mais-529-mil-doses-de-vacinas-covid-19-da-pfizer/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2025/boletim-epidemiologico-volume-56-no-7-21-de-mai.pdf/view