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Cerimônia de encerramento resume brilhantismo do 3º Congresso de Medicina Geral da AMB

Cerimônia de encerramento resume brilhantismo do  3º Congresso de Medicina Geral da AMB

Presidentes da APM e da AMB participaram junto ao ministro da Saúde e outras autoridades

   A terceira edição do Congresso de Medicina Geral da Associação Médica Brasileira foi encerrado neste sábado, 26 de julho, com a participação das maiores autoridades de Saúde do País. A cerimônia resumiu o brilhantismo do evento, que contou com 2.500 médicos inscritos, 440 professores, que comandaram as 280 mesas de debates, e 74 expositores.
    O presidente da Associação Paulista de Medicina, Antonio José Gonçalves, reforçou que o sucesso do evento nem precisa ser mencionado, e que a força do associativismo está demonstrada nele. “Somos médicos antes de sermos especialistas, e no âmbito das nossas entidades, precisamos manter os dois pilares, da boa formação e da assistência de qualidade.
   O Congresso é uma forma de ajudar a corrigir as distorções causadas pela abertura desenfreada de escolas médicas, assim como os vários cursos das sociedades de especialidades e das Federadas da AMB.”
   Se dirigindo ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o presidente da APM destacou que o Brasil atualmente está com quase 50% dos médicos sem especialidade, e o ideal seria chegar aos níveis dos países desenvolvidos, que possuem cerca de 90% de especialistas. “Temos que estar próximo das autoridades, no caso dos Ministérios da Saúde e da Educação, mas receio que se novos programas de residência médica não forem bem estruturados, acabe acontecendo o mesmo que com as escolas médicas. Precisamos formar especialistas com qualidade e interiorizar os médicos de forma estruturada. Contem conosco, queremos e devemos participar”, complementou Gonçalves – que representou as 27 Federadas da AMB.
   Padilha, por sua vez, se disse muito impressionado com a qualidade do Congresso e com a recuperação do papel da Associação Médica Brasileira nos últimos anos. “Contem sempre com o Ministério da Saúde, que está desde o começo neste evento, em seus estandes e participando de diversas palestras.        Queremos manter essa parceria crítica com a AMB, para que ela aponte para o Ministério o que precisa mudar e melhorar. Em relação à sua preocupação, Antonio [se referindo ao presidente da APM], também é nosso interesse melhorar a formação médica, frente à indústria de abertura de escolas via judicialização que se formou nos últimos anos. Para isso criamos o Enamed e queremos um teste do progresso. Precisamos e queremos vocês para dialogar e criticar o que precisar, para que também nos ajudem a reorganizar o SUS pós-pandemia de Covid-19, que trouxe novos desafios e represamento das demandas.”
   “A presença do ministro Padilha neste encerramento dignifica muito o evento, e traz um bom prognóstico para as próximas edições. O Ministério tem nos respeitado e ouvido muito, e a AMB tem a obrigação de contribuir, sempre de forma crítica, para aperfeiçoar as políticas públicas”, afirmou o presidente da Associação, César Eduardo Fernandes. Ele fez também um agradecimento especial às federadas e sociedades de especialidades, estas protagonistas do Congresso, por terem elegido os temas e sugestões de palestrantes.
    Ele ainda enalteceu ser um Congresso tão jovem e já com essa dimensão, que recebeu muitos elogios, indicando estar no caminho correto. “É um evento quase que obrigatório para todos os médicos, que não deve ser confundido com congresso de Clínica Médica. Percebi com o andar da carruagem que não é apenas para o generalista, e sim para todos nós. Mais importante do que o que acontece nas salas é o que acontece nos corredores, o networking. Não se trata de um evento para competir com as especialidades, que continuarão a realizar congressos grandiosos, mas este é para todos os médicos.”
Declarações - O diretor Científico da AMB e coordenador Científico do Congresso, José Eduardo Lutaif Dolci, expressou um sentimento duplo, de tristeza porque o evento estava acabando, e de alegria pela missão cumprida, de forma satisfatória. “Conseguimos trazer um resumo das 54 especialidades médicas, com os temas mais importantes de cada, tratados pot professores qualificados, conteúdo que vai realmente agregar na rotina dos médicos. Que possamos estar juntos no ano que vem, para um Congresso ainda maior, porque melhor será difícil”, declarou Dolci, que também é delegado da Associação Paulista de Medicina.
   Na sequência, o secretário geral da AMB e diretor de Patrimônio e Finanças da APM, Florisval Meinão, relembrou que o Congresso consolida um sonho que parecia muito difícil de se concretizar: “Muitos diziam que não havia mais espaço para um evento geral, por conta das muitas especializações da Medicina. Parabéns ao César pela iniciativa de construir esse modelo de Congresso, em que os generalistas podem aprimorar seus conhecimentos nas especialidades e que os especialistas podem rever conhecimentos nas áreas que não têm contato no dia a dia”.
   Representando todas as sociedades de especialidades, o presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Pedro Eder Portari Filho enalteceu que as sociedades só estavam ali porque acreditam no trabalho dos últimos quatro anos das Diretorias da AMB capitaneadas por César Fernandes. “Nos últimos três dias, vimos uma força inimaginável da AMB. Nos congressos das especialidades, são sempre as mesmas ‘panelinhas’, e aqui encontramos com o Brasil todo. Não existe no mundo um evento parecido com esse.”
   Ao fim dos discursos, foi realizada a premiação dos melhores trabalhos científicos participantes do evento. Também compuseram a mesa solene da cerimônia de encerramento Nerlan Tadeu Gonçalves de Carvalho (2º vice-presidente da AMB), Etelvino de Souza Trindade (vice-presidente da Região Centro-Oeste), Paulo Martins Toscano (vice-presidente da Região Norte), Juarez Monteiro Molinari (vice-presidente da Região Sul), Akira Ishida (diretor Administrativo), Lacildes Rovella Júnior (1º tesoureiro), Luiz Carlos Von Bahten (diretor de Comunicações), Luciano Gonçalves de Souza Carvalho (diretor de Assuntos Parlamentares) e Rômulo Capello Teixeira (diretor Cultural). FONTE: APM / FOTOS: Divulgação
   Em 2026, o 4º Congresso Brasileiro de Medicina Geral ocorre entre os dias 11 e 13 de junho, mais uma vez no Distrito Anhembi, em São Paulo.

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