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Diretores da APM participam de reunião com Gilberto Natalini sobre mudanças climáticas

Diretores da APM participam de reunião com  Gilberto Natalini sobre mudanças climáticas

Este foi o segundo encontro entre os médicos; juntos, eles elaboraram uma carta aberta focada no tema

   No dia 27 de junho, a Associação Paulista de Medicina realizou a segunda reunião com o médico ambientalista Gilberto Natalini, focada nas mudanças climáticas que vêm afetando o planeta e, consequentemente, a Saúde da população. O segundo encontro teve como intuito a elaboração de uma carta aberta sobre o tema – discutida durante a primeira reunião do grupo, feita no início de junho. 
   Entre os participantes, estiveram presentes membros da Diretoria da APM, como o presidente da entidade, Antonio José Gonçalves; os  vice-presidentes João Sobreira de Moura Neto e José Luiz Gomes do Amaral, respectivamente; o diretor adjunto de Patrimônio e Finanças, Clóvis Arcúcio Machado; o diretor adjunto de Previdência e Mutualismo, Clóvis Francisco Constantino; e os diretores de Responsabilidade Social, Jorge Carlos Machado Curi e Paulo Celso Nogueira Fontão.
   Os médicos da Associação Paulista de Medicina vêm promovendo uma série de ações focadas nas mudanças climáticas e nas possibilidades de reverter este que é um grave problema de saúde pública.

Confira a seguir a carta na íntegra:

Carta aberta – Médicos pelo meio ambiente e pelo clima – APM

   O aquecimento global e as mudanças climáticas são uma realidade presente, que afeta a saúde individual e coletiva de todos, causando adoecimento, agravamento de doenças e mortes.
   Os impactos na saúde envolvem os desastres naturais, as doenças relacionadas ao calor, as doenças infecciosas, a poluição e a qualidade do ar, a poluição dos oceanos pelos microplásticos, a poluição ambiental por resíduos sólidos, a segurança alimentar, a qualidade e escassez da água e a saúde mental.
   Cabe aos médicos e aos serviços de saúde, no fim das contas, atender e se encarregar das vítimas e das pessoas afetadas na forma de doenças causadas pelas emergências climáticas e pela degradação ambiental.
   Os médicos têm credibilidade, legitimidade e autoridade para falar sobre as consequências das alterações ambientais sobre a saúde, esclarecendo as pessoas, esclarecendo a opinião pública, esclarecendo os agentes de saúde e propondo políticas de saúde públicas e privadas.
   Além do mais, o setor saúde, por si só, é um grande emissor de gases de efeito estufa, um grande consumidor de energia e produtor de lixo e como tal contribui para o aquecimento global.
   É um imperativo ético os médicos se envolverem na luta contra o aquecimento global, seja individualmente na sua prática clínica e profissional, seja nos hospitais e serviços médicos em que trabalham, seja coletivamente através das entidades representativas da classe médica e suas especialidades.
   Conclamamos a todos os médicos, às entidades de classe, às sociedades de especialidades médicas, aos representantes de hospitais públicos e privados e aos demais representantes do setor da saúde a participação nessa batalha.
Vamos juntos cumprir nossa missão e nosso papel na preservação do meio ambiente, na luta contra as alterações climáticas e na preservação e prevenção da saúde individual e coletiva. (FONTE: APM / Foto: Julia Rohrer)