São Paulo lidera número de registros de violência contra médicos
Desde 2013, foram registrados 38.074 boletins de ocorrência no País, dos quais 18.406 ocorreram no estado paulista
Dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), revelam que, a cada três horas, um médico que atua no serviço público ou privado é vítima de violência no Brasil.
O levantamento foi realizado com base nos boletins de ocorrência registrados nas delegacias de Polícia Civil dos estados brasileiros e do Distrito Federal entre 2013 e 2024 – sendo que os dados de 2024 ainda não estão completos e serão finalizados em 2025.
O estudo mostra que, desde 2013, foram registrados 38.074 boletins de ocorrência no País, dos quais 18.406 ocorreram em São Paulo. As vítimas foram alvo de ameaças, injúrias, desacatos, lesões corporais e difamações, entre outros crimes, ocorridos em unidades de Saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros e laboratórios.
Um dado alarmante é que 45% dos registros de violência em estabelecimentos de Saúde paulistas foram contra médicas, totalizando 8.100 casos nos últimos 12 anos, o que representa uma média de quase dois casos por dia.
O levantamento também revela que 45% dos ataques a médicos em São Paulo (8.400 casos) ocorreram dentro de hospitais, em ambientes como prontos-socorros, centros cirúrgicos, UTIs e consultórios. Outras ocorrências foram registradas em postos de saúde (18%), clínicas (17%) e consultórios (9%). O restante aconteceu em laboratórios, casas de repouso e outros estabelecimentos.
Os responsáveis pelos atos violentos incluem pacientes, familiares e até desconhecidos. Em alguns casos, as agressões partiram de colegas de trabalho, como enfermeiros, técnicos, servidores e outros profissionais da Saúde, envolvendo ameaças, injúrias e até lesões corporais.
Este cenário reforça a necessidade de medidas urgentes para proteger os médicos e garantir condições de trabalho seguras. (FONTE: APM/CFM)